Costumas ouvir aquela “vozinha” interior que diz que tu és capaz de ir mais longe?
Acreditas que podes alcançar metas que no passado julgavas ser impossível?
O que fazes para reconhecer as tuas competências e capacidades?
Conheces a história do Leão que acreditava que era uma ovelha?
Era uma vez um bebé Leão que tinha vindo ao mundo sozinho e com medo. Uma família de ovelhas encontra-o um dia na sua casa no vale verdejante do sopé das montanhas e, por ele ser muito bonito e eles serem muito amáveis, decidiram criá-lo como um dos seus. Foi a irmã, que tinha um sentido de ironia altamente desenvolvido, que sugeriu que lhe chamassem, “leo”.
Assim, ensinaram o bebé leão Leo a andar como uma ovelha e a falar como uma ovelha e ensinaram-lhe os modos das ovelhas e amavam-no do fundo do coração. Ensinaram-no a ter medo daquilo que todas as ovelhas temem e que fosse o que fosse que fizesse tinha de ficar longe das montanhas, pois viviam lá leões e nenhuma ovelha que tivesse subido à montanha tinha alguma vez voltado.
Finalmente, Leo tornou-se tão bom a agir como uma ovelha que até a sua família se esqueceu de que realmente era um leão. Claro que, de vez em quando algumas das outras ovelhas metiam-se com ele por causa do seu tamanho invulgar e do seu penteado cerrado. Mas Leo fazia o que podia para se adaptar e fez bons amigos e acabou por se tornar um bom e produtivo membro da comunidade de ovelhas.
Os anos passaram sem que nada de especial acontecesse até um dia em que um leão velho das montanhas desceu ao vale verdejante à procura de comida. Leo foi o primeiro a sentir a sua presença e logo que gritou “Leão”! Todas as ovelhas começaram a correr em círculos, em pânico. No meio do caos, o leão velho reparou em Leo.
- Eh, tu! Rugiu o leão esfomeado
- E-e-Eu? Choramingou Leo, aterrorizado mas ao mesmo tempo fascinado por aquela magnífica velha criatura.
- Que é que estás a fazer aqui com essas ovelhas todas? perguntou o velho leão.
- São a minha família – disse Leo orgulhosamente.
Perante isto, o velho leão riu-se.
- Então, quem és tu, jovem?
- Sou o Leo e sou um ovelha – Baliu Leo.
De repente, o rosto do velho leão tornou-se feroz.
- Anda comigo! – Rugiu
Leo não queria ir com o velho leão, mas pensou que indo talvez salvasse as suas companheiras ovelhas. Portanto, lançando um último olhar ao seu rebanho, seguiu o velho Leão até às montanhas.
Andaram muitos quilómetros até que, por fim, lá em cima, nas montanhas, chegaram a um lago límpido, cheio de água tranquila e azul. O velho Leão fez sinal a Leo para chegar à beira do lago. Nessa altura Leo estava exausto, não tanto da subida, que achou surpreendentemente fácil, mas do medo constante de que a qualquer momento o velho leão o comesse. Portanto, com um relutante “Baaa” final, Leo encaminhou-se para a borda do lago e olhou para onde a garra do velho leão estava a apontar.
Para seu espanto, não viu uma ovelha, mas o reflexo de um forte jovem Leão. Naquele momento soube quem realmente era e soltou um poderoso rugido que abalou as montanhas até ao vale verdejante.
Após o choque de ter descoberto a sua verdadeira identidade, Leo percebeu que estava com fome – verdadeiramente com fome. E erva já não ia matá-la. Felizmente, leo sabia onde podia obter comida e muita.
Mas quando regressou ao vale onde o seu antigo rebanho estava a pastar, parou em estado de choque. Porque o que viu não foi um rebanho de ovelhas, mas um bando de leões, todos a pastar e a balir e a agir, para toda a gente com ovelhas. Foi a sua mãe a primeira a vê-lo, e embora Leo visse que ela própria era uma belíssima leoa, ela encolheu-se de medo, não o reconhecendo e balindo “Leão”! a plenos pulmões.
- Mãe – rugiu, mas o som só fez com que as ovelhas/leões corressem ainda mais depressa no meio do rebanho cada vez mais agitado. Finalmente, Leo reparou que a irmão estava a olhar para ele com um vago sinal de reconhecimento e soube o que tinha a fazer. Pôs o seu ar feroz e rugiu-lhe: “Anda comigo”! E embora tivesse medo, ela seguiu-o na longa jornada até ao límpido lago azul das montanhas…
Quando decidimos acordar e viver conscientemente, prestando a cada momento o máximo de atenção possível e tomando plena consciência dele, os nossos dilemas diários desvanecem-se no fundo enquanto toda a magnificiência da vida tal como ela é enche o ecrã. Quando conseguimos ver que as grades da nossa prisão servem os nossos cocktails emocionais favoritos, a vida torna-se fácil, sem esforço e divertida. Quando vemos que somos os únicos a manter-nos parados, conseguimos, muitas vezes, deixar-nos ir assim, simplesmente.
Solta o Leão que existe dentro de ti.
Forte: Chega aonde Quiseres
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