A sensação de “não fiz nada hoje” é um dos fenômenos mais recorrentes entre os meus clientes.
Como pode uma frase tão pequena carregar um peso tão grande?
Ela surge ao final de “um dia improdutivo”, normalmente acompanhada de um desânimo que toma conta enquanto as demandas se acumulam e causam desde ansiedade até imobilização.
Eu sei como é, já passei por isso. Mas convido-te a me acompanhar numa reflexão: Mesmo que tenhas passado o dia todo dormindo, ainda assim tiveste o dia todo dormindo, é isso é ALGUMA COISA. Que tal perceberes o que foi esse Nada? Pensares o que te levou até ali? Às vezes era apenas um dia de descanso que estavas mesmo a precisar. Porque na maioria das vezes o Nada na verdade era UM MONTE de outras coisas: desde tarefas domésticas a favores para amigas/família.
Um nada, quando falamos sobre tarefas, nunca é de fato nada. E esse detalhe muda tudo! Começar a treinar o olhar para o NADA nos faz perceber que muitas vezes estamos a ter uma visão distorcida dos fatos, um pensamento catastrófico que nos paralisa invés de nos movimentar, uma culpa que não vai colaborar em nada no nosso desenvolvimento e merece uma atenção. Parece parvo, mas quando começamos a PERCEBER o que são esses “nada” (que tanto falamos) o peso vai saindo de nós, e, de repente, aquele nada são algumas coisas, são outras coisas, é um espaço de observação precioso. Ao te deparares com “o nada” estás recebendo alertas vermelhos de que aquilo não é a tua prioridade, que tens gasto o teu tempo com coisas que não te preenchem ou te satisfazem, que estás evitando algo ou que estás diante de uma belíssima descoberta de QUANTO TEMPO TENS, de quantas coisas cabem nesse tempo, de qual O TEU RITMO e não o ritmo teórico de fazer 30 coisas no mesmo dia.
Por isso, fica atenta a todos os “nadas” que aparecem na tua vida, eles querem te dizer muita coisa