Normalmente quando escrevo na primeira pessoa sei que tem um maior “impacto em ti pela autenticidade e pela verdade de cada palavra.
Como sempre para uma “introvertida” ou melhor uma “reservada”, neste“mundo do desenvolvimento pessoal” existem várias ferramentas/técnicas que levam a “qualificar o perfil das pessoas e na realidade por mais “coaching” que exista na minha vida, expor o meu lado mais intimo é sempre algo mais desafiante.
No entanto neste últimos dias tenho me cruzando com várias pessoas às quais têm vários desafios:
– Têm uma relação que afinal de contas é uma “ralação”, não é carne nem é peixe é qualquer coisa…
– Estão sozinhas mas vivem o drama dos “ex” ou seja de vez em quando “fazem uma visita”, ou seja não têm uma relação assumida porque um dos dois não quer, mas encontram-se às vezes.
– Não estão sozinhas mas sentem-se completamente sozinhas na relação.
– Estão sozinhas mas não sabem lidar de todo com a situação e facilmente caem em estado mais “depressivos”.
Provavelmente já experimentaste alguma destas situações, ou provavelmente vives uma destas situações. Viver uma “ralação”, onde não existe qualquer tipo de “intimidade afectiva a longo prazo pode sair caro. Recentemente numa conversa com um amigo ele “confessou” estar irritado com um colega porque sempre que estavam juntos passava a vida a dizer mal da “mãe do filho” que por acaso é sua mulher. Segundo o meu amigo “já não pode com aquela conversa” porque são anos e anos a se queixar e a não fazer nada. Quando nós não decidimos alguém decide por nós, mesmo que esse alguém seja a própria vida.
E de repente passaram 20 anos e nada mudou?!
Os filhos já estão fora de casa a construiremos a sua própria vida e tu continuas igual. Se a minha linguagem está a ser demasiado “fria” e bruta” peço desculpa, mas a realidade é que existem muitas relações em “banho maria”.
Estar sozinha foi uma decisão que tomei em Setembro, entre muitas conversas com a minha melhor amiga, o meu terapeuta o meu coach senti que naquele momento era importante para mim. Quando falo em estar só, falo em “deixar as relações em banho maria, os fantasmas nos ex, deixar Tudo e recomeçar.
Já li várias vezes que acabar uma relação quando se ama a outra pessoa é extremamente duro, e foi o que aconteceu comigo. Aprender a lidar:
– Com o vazio das rotinas que acabam;
– O silêncio daquela mensagem ou telefonema que não existe mais;
– A tentação de não mandar uma mensagem;
– As memorias das fotografias, as férias, ect.
Escrevi na altura não especificando concretamente o que se estava a passar que a melhor solução era aceitar a dor. E para ti que estás a passar o mesmo processo a única sugestão que te posso dar é exactamente essa. Qual é a técnica ou ferramenta?
Tem dias que apetece ligar? Tem
Tem dias que apetece mandar uma mensagem? Tem
Tem dias que apetece passar na rua para vê-lo e matar saudades? Tem
Tem dias que sentimos uma raiva gigante? Tem
Tem dias que o coração aperta tem?
Tem dias que só apetece chorar? Tem
Tem dias que começas a sorrir? Tem
Tem dias que aprendes a começar de novo? Tem
Tem dias que choras menos e começas a brincar com a situação e dás um significado diferente? Tem
Neste caminho que tenho feito “sozinha coloco as “aspas” porque no fundo nunca estamos sozinhas, nós apenas socialmente é que criamos a ideia que estar solteiro é um drama,drama é estar acompanhado e se sentir sozinho.
Escrevo principalmente para quem sabe que não vai receber as “flores” que tanto gosta no dia 14 de Fevereiro ou “aquela jóia”, ou o jantar romântico à luz das velas.. Tudo tem a importância que nós queremos dar, por isso seja leve, foi uma frase que o actor Brasileiro Reynaldo Gianecchini disse numa entrevista.
Repito:”Tudo tem a importância que nós queremos dar, por isso seja leve”