5 FERIDAS EMOCIONAIS

Como não sabemos lidar com essas feridas, criamos máscaras para escondê-las. Para cada umas destas
feridas, existe uma máscara distinta. E é extremamente importante entender quais são as nossas feridas e máscaras.

Imagina que tens uma ferida na mão, não fizeste nenhum curativo e apenas usas uma luva para tapar.

No entanto, quando alguém segura na tua mão com amor, dizes logo “Cuidado estás a me magoar”, mas percebes que isso gera na outra pessoa, uma reação de surpresa, porque não sabiam.
Ela não quis te magoar, a dor está ali porque não cuidaste da tua ferida. O outro não tem
culpa da tua dor.
Identificar estas feridas e as situações recorrentes que enfrentamos pode nos colocar num caminho de
cura, aceitação e perdão.

A primeira ferida emocional é a da rejeição. Ela desenvolve-se da concepção até o primeiro ano de vida.
Quem possui esta ferida, inconscientemente não sente o direito de existir. É uma ferida que se
manifesta com a figura parental do mesmo sexo. O corpo de alguém que tem essa ferida é mais
contraído, esguio, estreito. Através da máscara da escapista, ela faz de tudo para “escapar” de
situações, inclusive no aspecto físico.

Esta ferida está no caminho da cura quando ousas e te afirmas, quando ocupas cada vez mais o teu
lugar.

A segunda ferida é o abandono, a máscara da dependente.

Essa ferida é despertada entre 1 e 3 anos de idade com o progenitor do sexto oposto. Ela aparece quando há falta alimento afetivo ou o tipo de alimento desejado.

Quem usa a máscara da dependente tem um comportamento mais de vitima. Tem necessidade de
presença, apoio e amparo. Tem dificuldade de decidir coisas sozinha ou de fazer coisas sozinha.

Pedem conselhos, mas em geral não os segue, têm dificuldade de lidar com os “não’s” das outras
pessoas, chora com facilidade e desperta certa compaixão nas pessoas.

Quem usa a máscara da dependente alimenta esta ferida quando desiste de alguma coisa que queria e
quando não se preocupa o suficiente consigo mesma, provendo as suas próprias necessidades.

Esta ferida está no caminho da cura quando te sentes bem quando estás sozinha e quando tens
vontade de realizar certos projetos e não sentes necessidade do apoio dos outros para continuares em
frente.

A Terceira ferida é a humilhação a máscara da masoquista, (não leves o termo para o cunho sexual).

Julga-se suja ou sem coração ou menor que as outras pessoas.

Sente vergonha na esfera sexual e acaba não escutando as suas necessidades nessa área. Compensa e recompensa com comida. Tem um perfil de dependência dos outros. Gosta de alimentos mais ricos em gordura e tem uma certa vergonha de comprar ou comer guloseimas.

Esta ferida é alimentada quando se rebaixa, se compara aos outros, se diminui, maltrata o seu próprio corpo ou quando assume as responsabilidades alheias, tirando a sua liberdade e não reservando um tempo para si mesma.

Esta ferida está no caminho da cura quando arranjas tempo para entender as tuas próprias necessidades antes de dizer sim para tudo e todos. Quando deixas de impor limites desnecessários para ti mesma e és capaz de pedir ajuda sem te criticares por seres chata ou inoportuna.

A quarta ferida é da traição a máscara da controladora ela aparece quando existe uma quebra de confiança ou quando alguma expectativa não é correspondida na conexão de amor.

Quem tem essa ferida exibe uma postura que emana força e poder.

Quem carrega essa ferida julga-se responsável e forte, é uma pessoa que procura sempre ser especial e
importante, mas falha em cumprir os seus compromissos e promessas.
Tem a tendência a manipular, seduzir e mente com facilidade, como tem muita certeza de ter razão, tenta
convencer o outro.

É mais impaciente e intolerante, é eficiente a fim de ser notada e não mostra a sua vulnerabilidade. Tem medo de trair e ser traída. Costuma comer depressa e acrescenta sal e tempero em tudo.

Esta ferida é alimentada quando mentes a ti mesma, quando acreditas em coisas falsas e não cumpres os teus compromissos para contigo mesma. Acabas te punindo a fazer tudo sozinha por não confiares nos outros, mas quando confias, acabas revendo tudo o que fizeram e te privas de te dedicar a ti mesma.

Está no caminho da cura quando não te sentes mal se alguém ou alguma coisa vem atrapalhar os seus planos, quando não procuras mais ser o centro das atenções e consegues te sentir bem mesmo quando os outros não te reconhecem.

A última ferida é a injustiça, tem esta ferida desenvolve a máscara da rígida. É despertada quando há necessidade de ser eficaz ou perfeita que induz ao bloqueio da individualidade da criança.
Quem tem essa ferida tem um corpo mais rígido para ter uma postura o mais perfeita possível. Tem um pescoço duro, o caráter desta pessoa é perfeccionista. Costuma se isolar dos sentimentos, inclusive, cruzando muito os braços para se proteger inconscientemente. É mais ativa e dinâmica, tem muita dificuldade de pedir ajuda e pode rir sem motivo apenas para esconder a sua sensibilidade.

Não admite ter problemas e pode duvidar das suas escolhas. Acha injusto ganhar menos, mas acha pior
receber mais do que as outras pessoas. Pode se sentir culpada em ter prazer. Raramente adoece e é muita severa com o seu corpo. Reluta em demonstrar afeto, mas gosta de parecer sexy.

Quem sofre de injustiça estimula a sua ferida quando é excessivamente exigente consigo mesma. Quando não respeita os seus próprios limites e stressa demais. Vive se recriminando e se recusando a ver suas próprias qualidades e tudo o que faz bem, sendo injusta consigo mesma.

Estás no caminho da cura quando te permites ser menos perfeccionista, cometendo erros sem sentir raiva ou te criticando. Quando te dás ao direto de mostrar a tua sensibilidade e choras sem perder o controle ou sem medo da opinião dos outros.

Nada vai te fazer feliz até que escolhas ser feliz!”