Os manipuladores nas relações

Os manipuladores estão entre nós poder ser médicos, jornalistas, professores, mães no lar, cabeleireiras, modelos etc. A actividade não cria o manipulador, o manipulador relacional não está associado a um género em particular. Não se limita tão pouco a um único lugar ele ou ela evolui no nosso mundo social, familiar, conjugal ou profissional.

Ser manipulador não é uma táctica mas antes um estado. É um tipo de personalidade uma personalidade narcísico reconhecida psiquiatricamente como uma patologia.

Há portanto uma diferença fundamental entre ser manipulador e fazer manipulação. Não, nós não somos todos manipuladores.

O que caracteriza um manipulador?

Se escolhermos o termo “manipulador” para os descrever, é porque eles não se mostram essencialmente sob um aspecto sombrio e demoníaco como todos os seres humanos, eles têm qualidades.

É precisamente isso que explica a dificuldade em descobrir rápida e nitidamente a sua personalidade o seu discurso, os seus actos e as suas atitudes criam constantemente confusão mental nas pessoas que os rodeiam.

Para saber se estamos a lidar com um manipulador, deveremos extrair da lista que se segue pelo menos uma dezena de características. Se não se chegar tanto, tratar-se-á antes de atitudes isoladas com certeza, mas que não permitirão falar em “manipulador”.

1- Ele culpabiliza os outros, em nome do laço familiar, da amizade, do amor, de consciência profissional.

2- faz os outros acreditarem que devem ser perfeitos, que nunca devem mudar de opinião que devem saber tudo e responder imediatamenete aos pedidos e as perguntas.

3- Utiliza os principios morais dos outros para satisfazer as suas necessidades (cortesia, humanismo, solidariedade, anti-racismo, gentileza, generosidade, mãe “boa ou má, etc).

O manipulador relacional consegue tornar-nos culpados de faltas imaginárias faz uso de regras morais que maneja segundo o objetivo que pretende. É particularmente habilidoso em inverter as situações e consegue instalar a confusão no seu interlocutor.

4- Ele põe em duvida as qualidades, a competência, a personalidade dos outros: Ele crítica, desvaloriza e emite juízos de valor.

5- Poderá ser invejoso, mesmo se for por um parente ou um cônjuge.

6- Utiliza lisonjas para nos agradar, da-nos prendas, ou pôe-se de repente com mil cuidados para nós.

7- Desempena um papel de vítima, para que tenham pena dele (doença exagerada, companheiros díficeis, sobrecarga de trabalho) o manipulador recorre muitas vezes à vitimização. A sorte não lhe sorri segundo ele, diz-se vítima da incompetência da mediocricidade e das fraquezas dos outros. Quando está doente, exagera na doença, está às portas da morte. A culpa é sua, dos médicos, ou da vida que nunca lhe foi favorável. Se ficar doente, não espere receber ajuda da parte dele. Para ele você é um doente imaginário.

8- Demite-se das suas responsabilidades atribuindo-as aos outros.

9- Não comunica claramente os seus pedidos, as suas necessidades, os seus sentimentos e as suas opiniões.

10- Responde muitas vezes de maneira vaga.

11- Muda decididamente de assunto no decorrer de uma conversa.

12- Evita ou escapa de conversa, de reunião.

13- Manda recados por outrem ou por intermediários (telefone em vez do frente a frente, deixa notas escritas.

14- Invoca razões lógicas para disfarçar os seus pedidos.

15- Prega o falso para ficar a saber o verdadeiro, deforma e interpreta.

16- Não suporta a crítica e nega evidências.

17- Ameaça de modo disfarçado ou faz chantagem abertamente.

Um manipulador fala mas não comunica de maneira autêntica.

Escapa a discussões que o aborrecem, quer fisicamente, quer por desafios verbais (conteúdos e sentidos) que para si permanecem misteriosos.

18- Ele semeia confusões e suspeitas para ficar bem no papel.

19- Muda as opiniões, os seus comportamentos, os seus sentimentos segundo as pessoas e as situações.

20 – Mente

A discordia manifesta-se a pouco e pouco e muitas vezes, ninguém consegue definir realmente sua origem. Será que um manipulador e lunático? Sem dúvida.

Aquilo que é comum nos manipuladores é a faculdade que eles têm de mudar de comportamentos, de atitudes de discursos de opiniões e até de decisões conforme se encontrem na presença de tal e tal pessoa. As mímicas de um manipulador, o seu sorriso e até as entoações da sua voz podem mudar bruscamente.

21- Aposta na ignorância dos outros e faz acreditar na sua superioridade.

22- É egocêntrico.

23- O seu discurso parece lógico ou coerente ainda que as suas atitudes, os seus actos ou o seu modo de vida correspondem a um esquema oposto.

24- Utiliza muito frequentemente o último instante para pedir, ordenar ou fazer outra pessoa actuar.

25- Não toma em consideração direitos, necessidades e desejos dos outros.

26- Não toma em consideração direitos, necessidades e desejos dos outros. 26- Ignora os pedidos (mesmo quando diz estar a considerá-los).

27- Provoca um estado de mal-estar ou um sentimento de falta de liberdade (armadilha).

28- Leva-nos  a fazer coisas que provavelmente não teríamos feito por nossa própria vontade.

29- É eficaz em atingir os próprios fins à custa dos outros.

30- E constantemente o objecto de discussões entre pessoas que o conhecem, mesmo quando não está presente.